Polêmica em Lagarto: Sérgio Reis tenta bloquear recursos públicos e deslegitimar prefeita que ainda cumpre mandato
A cidade de Lagarto está em meio a um episódio lamentável, após o prefeito eleito Sérgio Reis (PSD) entrar com uma ação popular que busca bloquear o repasse de recursos da Iguá Saneamento S.A. ao município, provenientes do contrato de concessão privada de serviçs da Deso. Com isso, ele tenta impedir que a atual prefeita, Hilda Ribeiro, utilize esses valores antes do fim de seu mandato, marcado para 31 de dezembro. Um claro desrespeito a uma gestora que ainda tem mandato válido momento.
Reis argumenta que os cerca de R$ 92 milhões que o município deve receber devem ser depositados em uma conta judicial e só poderão ser usados a partir de 1º de janeiro de 2025. Para ele, essa medida é necessária para garantir uma transição tranquila e evitar que Hilda Ribeiro faça uso indevido dos recursos. No entanto, essa justificativa levanta sérias questões sobre suas reais intenções.
A ação de Reis parece mais uma manobra política do que uma defesa do interesse público. Ao tentar congelar os recursos, ele não apenas questiona a capacidade de gestão da atual prefeita, mas também mostra falta de respeito pela autoridade que Hilda Ribeiro ainda possui até o final do mês. Essa postura é preocupante e pode ser vista como uma tentativa de deslegitimar a administração que já está em curso, ferindo princípios democráticos.
Além disso, a urgência que Reis alega para sua ação não justifica a interrupção do trabalho que está sendo realizado por Hilda Ribeiro. É fundamental que a prefeita tenha a liberdade de usar os recursos para atender às necessidades da população, especialmente em um momento crítico de transição. A gestão pública não pode ser interrompida ou manipulada por interesses pessoais.
Vale destacar que a decisão do juiz que analisou o pedido de Reis, embora tenha concedido parcialmente a liminar, ainda está longe de ser um apoio irrestrito à sua causa. O Judiciário deve agir com cautela em questões que envolvem a administração pública, e não pode permitir que ações como a de Reis criem um clima de instabilidade e incerteza.